Eritritol: imobilização celular

IMOBILIZAÇÃO CELULAR: PRODUÇÃO DE ERITRITOL A PARTIR DE MOSTO EXCEDENTÁRIO

Actualmente, a síntese comercial de eritritol é realizada através de fermentações fúngicas com células livres em meios líquidos com altas concentrações de fontes de carbono puras. Certas técnicas de fermentação alternativas, como a imobilização celular, poderão implicar uma melhoria económica e energética para as fábricas de eritritol, já que assim seria eliminada a necessidade de preparar continuamente inóculos do microrganismo antes de cada lote de fermentação.

No âmbito do projeto BIOVINO, o grupo de investigação do ITACyL descreveu pela primeira vez a viabilidade da imobilização celular para a produção de eritritol.

Foram imobilizadas com sucesso células do fungo Moniliella pollinis sobre um tecido de algodão situado dentro de um biorreactor de 2 litros, onde foram alimentadas com mosto de uva tinta suplementado com extracto de levedura.

Os microrganismos imobilizados produziram 47.03 ± 6.16 g/L de eritritol em 96 h (rendimento de 0.18 ± 0.04 g/g), durante quatro lotes de fermentação consecutivos. As células imobilizadas permaneceram estáveis e operativas durante um período de 456 h.  A concentração atingida de eritritol foi similar ao valor de referência obtido com células livres (41.88 ± 5.18 g/L de eritritol) nas mesmas condições de fermentação. Os valores semelhantes observados para as células livres ou imobilizadas evidenciam a eficácia do sistema de imobilização.

Portanto, o método proposto para a bioprodução de eritritol permite reduzir os custos de reagentes e energia.

Link para o artigo na revista (acesso aberto): https://doi.org/10.3390/jof8121286.

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